“O equipamento chama-se Algígrafo e permite ao doente transmitir a quem o está a tratar, no momento, a intensidade da dor ou desconforto que está a sentir, para que o clínico possa corrigir o procedimento. Numa segunda fase pretende-se fazer essa medição apenas com base em sinais fisiológicos.
Permite registar e traduzir a intensidade da dor no momento em que um utente está a ser alvo de tratamento médico. O nome do aparelho é Algígrafo e foi desenvolvido na Universidade da Beira Interior (UBI) por três investigadores. Neste momento ainda se encontra na fase de protótipo, mas já há interessados em comercializar o equipamento. Um processo que só poderá ter início depois de a patente ter sido registada.>Composto por um sensor que o doente segura na mão e por um programa informático, o Algígrafo dá a possibilidade a quem está a ser intervencionado de transmitir ao profissional de saúde o grau de desconforto ou dor que sente no momento, premindo o manípulo que tem na mão. “O que se pretende é dar controlo ao doente para que, comunicando com o médico, este mude o procedimento utilizado, de modo a não ser tão desconfortável”, explica Vasco Rolo, estomatologista e mestrando na UBI.
O que existia até agora eram apenas escalas visuais analógicas que as pessoas apontavam para atribuírem um posicionamento à dor que sentiram. Com o inconveniente de ser feito posteriormente ao tratamento e através de questionários. O que obriga à participação de um terceiro elemento e tem a desvantagem de a pessoa já não se lembrar exactamente da dor sentida em cada altura. “Este aparelho permite a indicação no momento, é mais real, possibilita a intervenção imediata de quem está a tratar, pode-se corrigir logo o procedimento”, sublinha Pedro Araújo, docente do Departamento de Informática.
Questionado sobre a subjectividade da medição, Pedro Araújo realça a maior exactidão em relação aos métodos existentes, de mera observação. Por o doente, com o manípulo na mão, ter tendência a apertar automaticamente quando sente dor, com maior ou menor intensidade, e por tudo ser registado de forma electrónica.”
URBI et ORBI
Etiquetas: Aparelho criado na UBI regista intensidade da dor, aparelho ubi, di ubi, dor, intensidade, UBI
13 de Janeiro de 2009 às 11:31 pm |
Sou enfermeira, trabalho numa unidade de cuidados intensivos neonatais e pediátricosdum hospital pediátrico. Fiquei entusiasmada quando ouvi a notícia na televisão. Cuidar a criança com dor, causada por procedimentos ou não, é uma das nossas prioridades. Contudo a sua avaliação é particularmente difícil, sobretudo em crianças pré-verbais. Quanto menor a idade, maior a dificuldade. Pre´cisamos de facto de um aparelho que possa fazer uma leitura da intensidade da dor. O que criaram possivelmente já representa um avanço significativo, mas é necessário ir mais além. Quem mais precisa é quem não pode verbalizar e este aparelho ainda não serve para eles. Contudo, parece ser o início de um caminho novo. Òptimo. Continuem. Estamos no começo de algo que pode melhorar substancialmente a qualidade de vida dos nossos doentes. Bem hajam! Sigam em frente!
9 de Abril de 2009 às 8:25 am |
Penso que será extremamente vantajosa a utilização dum instrumento deste tipo.
Sou enfermeiro, faço triagem de manchester e a dor revela-se de enorme subjectividade, inerente a múltiplos factores.
A utilização desde instrumento de avaliação da dor poderia também ser na realização da triagem.