Sem surpresas, e num tom bem mais ameno que o tiroteio político da véspera, o documento foi viabilizado com os votos favoráveis dos socialistas e a abstenção dos social-democratas. Também sem surpresas, Bloco, PCP e CDS votaram contra um Orçamento que agrava o IVA para 23% e autoriza cortes de salários na Função Pública que, nos rendimentos mais elevados, vão chegar a 10%. As medidas entram em vigor a 1 de Janeiro de 2011 e têm como principal função baixar o défice para 4,6% do PIB. O dia fica contudo marcado por um discurso e por uma personalidade que há muito não se ouvia no debate parlamentar: Manuela Ferreira Leite. A antecessora de Passos Coelho na liderança do PSD, e candidata derrotada a chefe de Governo, afirmou perante os deputados não haver outra alternativa a este Orçamento porque “quem manda é quem paga” e “nós não mandamos nada”. Garantida a aprovação na generalidade segue-se agora a discussão na especialidade, o palco escolhido pelo Governo para apresentar medidas adicionais no valor dos 500 milhões que custou o acordo com Eduardo Catroga.
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